Boa Tarde pessoal!
Tudo bem?
Trago hoje a resenha de um livro que li a algum tempo e que gostei muito. Se alguém já leu ou tiver curiosidade de ler o livro depois me contem o que acharam ok?!
Título: Will & Will – Um nome, um destino
Autores: John Green e David Levithan
Editora: Galera
Páginas: 352
Ano: 2013
Sinopse: Em uma noite fria, numa improvável esquina de Chicago, Will Grayson encontra… Will Grayson. Os dois adolescentes dividem o mesmo nome. E, aparentemente, apenas isso os une. Mas mesmo circulando em ambientes completamente diferentes, os dois estão prestes a embarcar em uma aventura de épicas proporções. O mais fabuloso musical a jamais ser apresentado nos palcos politicamente corretos do ensino médio.
Comecei a ler Will & Will imaginando uma história de amor com alguma lição de moral sobre os problemas de preconceito e homofobia. Mas não é, e eu fui maravilhosamente surpreendida.
Will & Will não é uma história de amor e é uma história de amor.
É uma história sobre amor, compreensão, aceitação, coragem, medos, sonhos, reconhecimento e acima de tudo sobre amizade.
“Estar em um relacionamento, isso é algo que você escolhe. Ser amigo, isso é simplesmente algo que você é.”
O livro é muitíssimo real. São situações que qualquer adolescente está sujeito a passar. Eu me vi em tantas passagens do livro que estou até agora encantada com a forma como os autores tratam de diversos temas polêmicos para nossa sociedade conservadora com tanta leveza e normalidade. Eles nos fazem ver os aspectos e preconceitos que permeiam a nossa sociedade com um olhar critico e totalmente novo. O livro é um retrato da juventude atual. Dos seus medos e desejos. Vai do comum ao singular em instantes e se você estiver de coração e mente aberta vai tirar muitas lições de vida dessa história.
O livro intercala em cada capitulo a narrativa de um Will Grayson, personagens diferentes fisicamente, socialmente e emocionalmente. Com histórias únicas que nunca se encontrariam se não fosse realmente o destino. Ou Tiny Cooper. Em realidade, acho que o livro é muito mais sobre Tiny Cooper do que sobre Will e Will. Ele dá vida à história e é o denominador comum entre os dois Will’s. Tudo gira em torno de Tinny Cooper ((ou assim ele espera que seja)). As histórias se entrelaçam e se encontram em torno e por causa de Tiny Cooper.
Outra coisa que eu gostei muito no livro é relação entre os dois Wills e seus pais. Porque é uma relação cheia de amor. Que aceita, compreende, protege e deixa claro que eles estão sempre ali, para o melhor e para o pior. Eles estão lá apoiando, suportando e esperando pra dizer o que precisa ser dito, quando precisa ser dito.
Sobre a temática gay, muito se falou na época do lançamento do livro. Só que o livro não é só um romance gay. Tem romance gay sim, mas tem muito mais que isso. É um livro sobre adolescentes e para adolescentes. Seus medos e inseguranças.
O que não impede que um adulto possa se encontrar nele também, e se lembrar que já tiveram tantas duvidas e medos, sonhos e vontades quanto os jovens de hoje em dia.
Com trechos incríveis, e frases marcantes o livro é leitura obrigatória em tempos em que o amor anda tão mutável e diversificado. Fica a lição de que mais importante do que amar e ser amado é respeitar o amor dos outros e suas próprias escolhas.
Vou deixar aqui um dos meus trechos favoritos:
“A carência nunca é uma boa base para um relacionamento. Tem que ser muito mais que isso.”
É isso pessoal, comentem sobre o que acharam. Beijos.
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